20 outubro 2021

O que fazer para ter uma boa noite de sono?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 40% da população mundial sofre com algum distúrbio do sono


Quem nunca passou uma noite em claro ou sofre constantemente com esse problema? Se você é daquelas pessoas que têm dificuldade para dormir, saiba que não está sozinho. 

Estudos comprovam que, pelo menos, um terço da população brasileira sofre de insônia ou algum outro tipo de distúrbio e cerca de 45% da população mundial sofre algum problema para dormir.

Tudo está associado às mudanças nos padrões do sono ou a hábitos que podem afetar negativamente a saúde. É importante entender que não basta dormir muitas horas se o corpo e a mente não descansarem. É preciso ter uma boa qualidade de sono. Dormir e acordar realmente descansado e recuperado do cansaço do dia anterior. Mas as pesquisas mostram que mais de 73 milhões de brasileiros já tiveram insônia e quase metade da população assume que dorme mal. 

O distúrbio do sono é um grupo de fatores que afetam a capacidade de dormir bem, como explica o professor de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Jefther Rocha. “Os principais referem-se a problemas com ansiedade, depressão, dificuldade em conseguir relaxar, estresse da vida diária ou uso excessivo de aparelhos que emitem a chamada luz azul (uma iluminação comum a celulares, TV’s e computadores que interrompe a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono)”.

Os casos mais comuns são:

Insônia: a pessoa não consegue dormir nem quando está cansada;

Apneia obstrutiva do sono: vias aéreas ficam respectivamente bloqueadas e podem dificultar a respiração. Esse distúrbio pode causar ruídos de asfixia ou ronco alto.

Síndrome das pernas inquietas: intensa vontade de mover as pernas, principalmente, à noite. Pode apresentar também dores desagradáveis, formigamento, queimação e sensação de que algo está rastejando na panturrilha.

Mas afinal de contas, quantas horas devo dormir? 

“A quantidade de horas de sono recomendadas vai variar de acordo com a idade. Curiosamente, quanto mais idade temos, menor necessidade de horas de sono teremos. Em média, para todas as faixas etárias, 8 a 9 horas de sono costumam ser suficientemente saudáveis, pontuou Jefther Rocha.

Bom, no caso de Denilson Almeida, jornalista, 35 anos de idade, esse privilégio de dormir bem e durante horas ficou para segundo ou terceiro plano. Hoje, ele afirma que o seu relógio biológico já está acostumado a dormir pouco.

“Acho que tudo começou quando eu ainda estava na faculdade. Tinha dois estágios de dia e a noite aula. Só sobrava a madrugada para eu estudar e fazer os trabalhos da madrugada (inclui aí o TCC). Acho que desde aí o meu relógio biológico está desregulado. Não consigo dormir antes da 1h30 da madrugada. Geralmente, acordo entre 6h30 e 7h30”.

A insuficiência de sono – que muitos médicos classificam como menos de sete horas por noite – pode ter um impacto negativo na energia, humor, concentração e saúde em geral. Causa irritabilidade ou ansiedade, depressão, fadiga diurna, forte desejo de tirar uma soneca durante o dia.

“Há dois anos tive problemas hormonais em decorrência dessa vida louca. Meu T3 desregulou e fiquei à beira de um hipertireoidismo. O médico reforçou a importância de eu dormir bem para ter qualidade de vida. Na época, me aquietei em um só emprego e consegui normalizar o problema”, finalizou o jornalista.

Bom, se você sofre com algum distúrbio do sono e deseja um sono tranquilo, que tal seguir algumas boas maneiras para dormir bem? Se liga nessas dicas:  

  • Estabeleça um horário regular de sono (ou seja, não varie tanto o horário em que você vai para a cama)
  • Limite a exposição à luz nas horas anteriores a dormir (e isso inclui o uso de aparelhos eletrônicos);
  • Crie um ambiente de sono tranquilo, confortável, escuro;
  • Evite estimulantes à noite (em especial, o café).

Se mesmo seguindo essas orientações continuar tendo problemas para dormir, peça ajuda de um especialista da área.

Fonte: O Estado

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