Estudos comprovam que, pelo menos, um terço da população brasileira sofre de insônia ou algum outro tipo de distúrbio e cerca de 45% da população mundial sofre algum problema para dormir.
Tudo está associado às mudanças nos padrões do sono ou a hábitos que podem afetar negativamente a saúde. É importante entender que não basta dormir muitas horas se o corpo e a mente não descansarem. É preciso ter uma boa qualidade de sono. Dormir e acordar realmente descansado e recuperado do cansaço do dia anterior. Mas as pesquisas mostram que mais de 73 milhões de brasileiros já tiveram insônia e quase metade da população assume que dorme mal.
O distúrbio do sono é um grupo de fatores que afetam a capacidade de dormir bem, como explica o professor de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Jefther Rocha. “Os principais referem-se a problemas com ansiedade, depressão, dificuldade em conseguir relaxar, estresse da vida diária ou uso excessivo de aparelhos que emitem a chamada luz azul (uma iluminação comum a celulares, TV’s e computadores que interrompe a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono)”.
Os casos mais comuns são:
Insônia: a pessoa não consegue dormir nem quando está cansada;
Apneia obstrutiva do sono: vias aéreas ficam respectivamente bloqueadas e podem dificultar a respiração. Esse distúrbio pode causar ruídos de asfixia ou ronco alto.
Síndrome das pernas inquietas: intensa vontade de mover as pernas, principalmente, à noite. Pode apresentar também dores desagradáveis, formigamento, queimação e sensação de que algo está rastejando na panturrilha.
Mas afinal de contas, quantas horas devo dormir?
“A quantidade de horas de sono recomendadas vai variar de acordo com a idade. Curiosamente, quanto mais idade temos, menor necessidade de horas de sono teremos. Em média, para todas as faixas etárias, 8 a 9 horas de sono costumam ser suficientemente saudáveis, pontuou Jefther Rocha.
Bom, no caso de Denilson Almeida, jornalista, 35 anos de idade, esse privilégio de dormir bem e durante horas ficou para segundo ou terceiro plano. Hoje, ele afirma que o seu relógio biológico já está acostumado a dormir pouco.
“Acho que tudo começou quando eu ainda estava na faculdade. Tinha dois estágios de dia e a noite aula. Só sobrava a madrugada para eu estudar e fazer os trabalhos da madrugada (inclui aí o TCC). Acho que desde aí o meu relógio biológico está desregulado. Não consigo dormir antes da 1h30 da madrugada. Geralmente, acordo entre 6h30 e 7h30”.
A insuficiência de sono – que muitos médicos classificam como menos de sete horas por noite – pode ter um impacto negativo na energia, humor, concentração e saúde em geral. Causa irritabilidade ou ansiedade, depressão, fadiga diurna, forte desejo de tirar uma soneca durante o dia.
“Há dois anos tive problemas hormonais em decorrência dessa vida louca. Meu T3 desregulou e fiquei à beira de um hipertireoidismo. O médico reforçou a importância de eu dormir bem para ter qualidade de vida. Na época, me aquietei em um só emprego e consegui normalizar o problema”, finalizou o jornalista.
Bom, se você sofre com algum distúrbio do sono e deseja um sono tranquilo, que tal seguir algumas boas maneiras para dormir bem? Se liga nessas dicas:
- Estabeleça um horário regular de sono (ou seja, não varie tanto o horário em que você vai para a cama)
- Limite a exposição à luz nas horas anteriores a dormir (e isso inclui o uso de aparelhos eletrônicos);
- Crie um ambiente de sono tranquilo, confortável, escuro;
- Evite estimulantes à noite (em especial, o café).
Se mesmo seguindo essas orientações continuar tendo problemas para dormir, peça ajuda de um especialista da área.
Fonte: O Estado
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