Uma notícia falsa publicada na noite desta quinta-feira (15) acendeu o sinal de alerta no meio político maranhense. O conteúdo, divulgado por um site sem autoria conhecida e possivelmente hospedado fora do país, tentou associar o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, a declarações misóginas contra a deputada estadual Mical Damasceno. A informação, no entanto, foi rapidamente desmentida pela assessoria de Camarão e já está sendo investigada pela Polícia Civil.
A publicação trazia supostas mensagens trocadas entre o vice-governador e o editor do site, com frases ofensivas e linguagem incompatível com o histórico de atuação pública de Camarão, conhecido por seu perfil ético e respeitoso. A assessoria classificou o material como "forjado, criminoso e completamente destoante da conduta do educador e gestor público".
A repercussão do caso foi imediata. Políticos, organizações civis e a população manifestaram repúdio à tentativa de difamação, em especial por ocorrer em um momento de pré-campanha eleitoral, quando a disseminação de fake news se torna uma ferramenta de ataque político. “O Maranhão não tolera covardias virtuais. A internet tem leis, e quem as infringe será responsabilizado”, declarou um porta-voz do governo estadual.
A investigação conduzida pelas autoridades maranhenses já aponta um possível responsável: João Vitor Paes Landim Soares, supostamente ligado ao site “Metrópoles Maranhão”, que não tem qualquer vínculo com o conhecido portal de notícias de mesmo nome. O uso do nome semelhante é visto como tentativa de enganar o público, configurando falsidade ideológica.
Além da disseminação do conteúdo falso, um vídeo que circula nas redes sociais pode agravar ainda mais a situação do suspeito. Nele, João Vitor — também conhecido como Victor Landin — aparece ameaçando prefeitos e relatando esquemas de chantagem para obter vantagens financeiras. O vídeo reforça o padrão de comportamento criminoso atribuído a ele e amplia a gravidade das denúncias.
A investigação busca agora identificar todos os envolvidos na criação e propagação da fake news, inclusive eventuais financiadores ou mandantes da ação. O caso reacende o debate sobre a urgência de uma legislação mais eficaz contra crimes virtuais, especialmente em contextos eleitorais.
O episódio envolvendo Felipe Camarão é mais um sinal preocupante da deterioração do debate político, onde a desinformação se torna arma para destruir reputações. As autoridades prometem agir com rigor, garantindo que a verdade prevaleça e os culpados sejam responsabilizados.