O governador Flávio Dino (PSB) age de maneira contraditória, para dizer o mínimo, neste momento de reaceleração da pandemia, associada a um surto de síndromes gripais. A pretexto de conter o avanço da Covid-19, ele autorizou a restrição de consultas e cirurgias eletivas na rede estadual de saúde. Enquanto isso, segue promovendo aglomerações eleitoreiras, travestidas de anúncios de obras, entrega de ambulâncias, distribuição de donativos, inaugurações e outros atos que visam tão somente a promoção política e pessoal.
O que se vê neste momento é uma campanha eleitoral antecipada patrocinada por Flávio Dino em plena crise sanitária, que no Maranhão já causou mais de 10,3 mil mortes.
A pressa do governador em se beneficiar do cargo, mesmo em meio à nova onda de Covid-19 e à disseminação da gripe influenza, tem razão de ser. Ele deixará o cargo que ocupa há sete anos em 31 de março para concorrer a uma vaga no Senado Federal. Por isso, não mede consequências para tentar turbinar sua imagem à custa do mandato que ainda exerce, recorrendo ao populismo assistencialista, ao pior estilo politiqueiro.
Estranho constatar que nenhum órgão de fiscalização, como o Ministério Público Eleitoral, ou mesmo a Justiça Eleitoral, não enxerguem tamanho abuso. Por muito menos, outros políticos, sobretudo aqueles que não rezam ou que deixaram de rezar na cartilha palaciana, já foram alcançados pelo rigor da lei.
As aglomerações eleitoreiras mais recentes promovidas por Flávio Dino ocorreram nos municípios de Gonçalves Dias, Governador Archer e Governador Eugênio Barros. Os três atos foram devidamente noticiados pela mídia palaciana e por veículos de comunicação alinhados à administração estadual. Detalhe: em todos os eventos, o governador, que há poucos dias anunciou ter superado a infecção pelo novo coronavírus, aparece sem máscara, abraçando populares e até carregando criança no colo.
Alguém duvida que, diante da omissão das autoridades com poder para reprimir tais abusos, Flávio Dino continuará se valendo do cargo para fazer campanha antecipada, até o último dia?
Abaixo, o anúncio do governo, feito nas redes sociais, se restrição de consultas e cirurgias eletivas na rede estadual de saúde e comentário de internauta reagindo à medida:
Fonte: O Estado
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