O evento cultural religioso reúne pessoas ligadas de alguma forma àcultura negra, ou pela convivência e práticas religiosas ou pelo estudo em variados campos do conhecimento, tais como história,sociologia, antropologia, turismo e cultura de modo geral. A concentração será em frente ao Palácio La Ravardiere, sede do Executivo Municipal de onde sai e segue percorrendo as ruas do centro histórico com destino a igreja do Desterro.
EMENDA PARLAMENTAR- A Procissão dos Orixás tem sido vista nos últimos anos como uma ferramenta de identificação dos descendentes dos povos negros que ajudaram a construir o Brasil e a cidade de São Luís que ao longo dos mais de quatro séculos tem se tornado referência ao culto afro no Brasil.
O encontro dos adeptos da religião de matriz africana acontece há mais de meio século e é vivenciado também por turistas, professores, pesquisadores e estudantes. A cerimônia finaliza com uma salva de tambor na porta da igreja demonstrando o avanço sincrético entre as religiões.
Incorporada ao calendário das festividades que celebram o aniversário da cidade, em 2000, desde que assumiu uma das cadeiras no parlamento ludovicense, a realização da procissão pela federação vem acontecendo com a ajuda do edil, que é patrono de honra da entidade, que em outrora foi presidida por ele.
FORÇA DO CULTO AFRO-
Conhecida também como terra da encantaria, São Luís é uma das capitais do Brasil onde o culto às religiões de matriz africana é bastante forte e tem sido objeto de estudo de pesquisadores do mundo, que procuram entender este fenômeno tanto na Ilha quanto em outras cidades do interior. Para quem não sabe ou não entende muito “encantaria”, é uma
forma de manifestação espiritual e religiosa afro-ameríndia praticada sobretudo no Piauí, Bahia, Maranhão e Pará.
Pode estar associada a diversas religiões presentes nesses estados, como a Pajelança ou Cura, o Terecô (Mata ou Encantaria de Maria Bárbara Soeira), o Babaçuê e o Tambor de Mina. Diferente da Umbanda, na qual as entidades são espíritos de índios, escravos que desencarnaram e hoje trabalham individualmente (geralmente usando nomes fictícios).
Na Encantaria, os encantados não são necessariamente de origem afro-brasileira e não morreram e, sim, “encantaram-se”, ou seja, desapareceram misteriosamente, tornaram-se invisíveis ou se transformaram em um animal, planta, pedra ou até mesmo em seres mitológicos e do folclore brasileiro como sereias, botos e curupiras.
Na Encantaria, as entidades estão agrupados em famílias e possuem nome, sobrenome e geralmente sabem contar a sua história de quando viveram na terra antes de se encantarem. Encantaria também pode se referir aos lugares onde tais entidades vivem.
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