02 julho 2025

UFMA Vive Eleição Histórica com Bastidores Agitados e Olhar Voltado para o Futuro da Reitoria

 


A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Comissão Eleitoral (COEL), divulgou nesta segunda-feira, 30 de junho, o Edital nº 01/2025, que estabelece as normas para o processo eleitoral de escolha de coordenadores das subunidades acadêmicas dos cursos de graduação da instituição. A eleição, que será regida pela Resolução CONSUN nº 364/2021 e regulamentada pela Portaria GR nº 398/2025, abrangerá os doze centros acadêmicos da universidade, com a oferta de cem vagas para o cargo de coordenador de curso, com mandato de dois anos (2025–2027).

Podem concorrer ao cargo docentes efetivos da UFMA, com regime de 40 horas semanais (com ou sem dedicação exclusiva), desde que estejam lotados na subunidade correspondente e não tenham ocupado a mesma função por dois mandatos consecutivos anteriores. As inscrições estarão abertas entre os dias 14 e 19 de julho, e a votação ocorrerá no dia 22 de setembro. Todas as informações, listagens e etapas do processo serão divulgadas exclusivamente no site [eleicao.ufma.br](http://eleicao.ufma.br).

Apesar de ser um processo regular no calendário institucional da UFMA, a eleição deste ano ganhou contornos históricos e promete ser a mais disputada e intensa de todos os tempos. Isso se deve, principalmente, ao desgaste moral enfrentado pelo atual reitor Fernando Carvalho, cuja gestão tem sido alvo de críticas severas vindas dos três segmentos da universidade: estudantes, professores e técnicos-administrativos.

Aproximação das eleições para a reitoria aquece bastidores

Mais do que uma eleição administrativa, o pleito de 2025 já está sendo tratado como uma prévia para a sucessão da reitoria em 2027. Diversos grupos políticos dentro da UFMA movimentam-se estrategicamente, enxergando a eleição de coordenadores como um campo de batalha decisivo para testar forças e consolidar alianças.

Entre os principais jogadores políticos que se articulam nos bastidores está o grupo da própria reitoria, que pretende manter o poder com a candidatura da professora Zefinha Bentivi, nome já lançado como pré-candidata à reitora em 2027. O grupo trabalha para manter influência e consolidar apoios estratégicos nas subunidades acadêmicas.

De outro lado, surge com força o grupo do professor Luciano Fascaña, conhecido como "campeão de votos" em eleições anteriores e articulador político influente entre os docentes. Também se posiciona com protagonismo o grupo da professora Isabel Ibarra, que vem ganhando destaque por sua atuação crítica à atual gestão.

Além desses, há ainda os chamados "herdeiros do legado de Natalino Salgado", que buscam manter viva a influência do ex-reitor na política universitária, e articulam candidaturas em diversas frentes como forma de retomar o protagonismo que já tiveram no passado recente.

Correndo por fora, mas com uma força surpreendente, está o professor Wenner, apontado como o “queridinho” tanto dos estudantes quanto de setores empresariais. Carismático e com trânsito fácil entre diferentes segmentos, Wenner vem se destacando como uma figura agregadora e pode ser a grande surpresa do processo.

Clima de tensão e mobilização

Com esse cenário complexo e polarizado, a eleição dos coordenadores de curso da UFMA ultrapassa o caráter administrativo e assume papel central na disputa política da instituição. A votação de setembro deve refletir muito mais do que preferências locais: será uma amostra do cenário eleitoral que se desenha para os próximos anos, em um ambiente marcado por tensões, desgaste da atual gestão e desejo crescente por renovação.

O clima é de mobilização máxima nos corredores da UFMA, onde cada voto pode significar uma peça-chave no tabuleiro que está sendo cuidadosamente montado rumo à reitoria de 2027.

Em tempos: Em meio ao clima tenso dos últimos acontecimentos, há um outro grupo — composto por discentes, docentes e funcionários — que atua discretamente nos bastidores. Longe dos holofotes, esse coletivo tem se organizado de forma estratégica e prepara uma ofensiva jurídica com base em documentos robustos. A intenção é questionar, na Justiça, a legalidade de diversas decisões recentemente tomadas pelo Consun.

A expectativa é que, nos próximos dias, os desdobramentos ganhem repercussão. Um professor, com forte trânsito na classe política, chegou a declarar em tom enigmático: “Tem irmão desembargador que vai sentir vergonha da própria família.”

Por enquanto, resta aguardar. Mas uma coisa é certa: a segurança jurídica deste pleito está seriamente comprometida. E essa, segundo fontes, promete ser mais uma matéria bombástica!

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