O ministro do Esporte, André Fufuca (PP), deve oficializar nesta semana sua saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão segue a resolução da federação União Progressista, que determinou o desembarque de todos os filiados do PP e do União Brasil dos cargos federais até o fim de setembro.
Aliado histórico do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, Fufuca admitiu a interlocutores que não gostaria de deixar a Esplanada, mas não pretende confrontar a direção partidária — como fez seu antecessor, Waldir Maranhão, que acabou perdendo o comando do PP no Maranhão. Fufuca, que assumiu o Ministério do Esporte após negociações entre o Palácio do Planalto e o Centrão no início da atual gestão, afirmou que sua lealdade a Nogueira pesa mais do que sua discordância em relação à decisão coletiva.
A resolução foi anunciada no começo do mês pelos presidentes nacionais Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil), que exigiram a entrega dos cargos até 30 de setembro. O movimento marca o rompimento da federação com o governo petista e amplia o distanciamento do Centrão da base aliada de Lula.
Apesar de reconhecer que a saída pode trazer prejuízos à sua imagem no Maranhão e comprometer seu projeto de disputar uma vaga no Senado em 2026, Fufuca prefere manter o alinhamento com seu partido. Segundo aliados, a decisão também buscou conter os ataques que seu suplente vinha dirigindo ao governo Lula, mesmo se beneficiando de emendas e verbas de gabinete. O ministro estaria contrariado ainda pelo fato de que alguns indicados políticos deverão permanecer em cargos estratégicos sob a justificativa de não serem filiados a nenhuma das duas legendas.
Fufuca deve se reunir ainda nesta semana com o presidente Lula para comunicar oficialmente sua decisão. Embora deixe a pasta com a sensação de que a ruptura foi precoce, o maranhense reafirma que sua posição é reflexo da disciplina partidária. Ele também sinaliza que, no Maranhão, o PP não deve se alinhar ao bolsonarismo radical, como afirmam alguns setores.
A saída do ministro reforça o desgaste da relação do governo com setores do Centrão, especialmente em um cenário pré-eleitoral em que as legendas buscam reposicionar estratégias e alianças visando 2026. No entanto, no Maranhão, a mudança tende a ter pouco impacto — a não ser, segundo aliados de Fufuca, para “mandar para casa” um deputado federal que, diante do novo quadro, perde espaço e pode ver suas atividades esvaziarem.
Em tempos: Há deputada e vereadora da direita comemorando o retorno de Fufuca ao “berço dos maranhenses. Por quê? Porque será? Talvez seja porque uma pretende sair candidata a senadora da direita e a outra a deputada federal, como já se comenta nos bastidores... Afinal, não têm nada a perder: se não forem eleitas, ao menos podem “apartar”, retirar ou reduzir votos de outrem. Vamos aguardar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário