24 novembro 2025

Jimmy Cliff, ícone mundial do reggae, morre aos 81 anos na Jamaica

O mundo da música perdeu, nesta segunda-feira (24), uma de suas vozes mais marcantes. O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, considerado um dos pilares do reggae, faleceu aos 81 anos, em sua residência, na Jamaica, após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia.

A informação foi confirmada por sua esposa, Latifa, por meio de nota divulgada à imprensa internacional. Em mensagem emocionada, ela agradeceu aos fãs, amigos e à equipe médica que acompanhou o artista nos últimos momentos.

> “É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, partiu após uma convulsão seguida de pneumonia. (...) Aos fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi sua força durante toda a carreira”, declarou.

Latifa também pediu privacidade à família durante o período de luto:

> “Peço que respeitem nossa privacidade neste momento. Jimmy, meu querido, descanse em paz. Cuidarei de cumprir todos os seus desejos.”

Jimmy Cliff foi um dos maiores responsáveis por levar o reggae e o ska jamaicano para o mapa mundial. Suas músicas ultrapassaram fronteiras, tornando-se trilhas da luta social e da resistência cultural nos anos 1960 e 1970. Entre seus maiores sucessos estão clássicos como:

“The Harder They Come”

“You Can Get It If You Really Want”

“Many Rivers to Cross”


Sua voz inconfundível e suas letras carregadas de crítica social fizeram com que Cliff se tornasse não apenas um cantor, mas um símbolo de identidade cultural para a Jamaica e para o reggae.

O artista conquistou respeito além do público: recebeu prêmios internacionais, teve músicas incluídas em trilhas sonoras de grandes filmes e foi inspiração para gerações de músicos — do reggae tradicional ao pop contemporâneo.

Artistas de diferentes estilos sempre reconheceram a importância de Jimmy Cliff para o cenário mundial. Sua capacidade de unir vibrações caribenhas com mensagens universais sobre justiça, esperança e liberdade tornou seu trabalho atemporal.

Mesmo afastado dos palcos nos últimos anos, sua obra continuava sendo revisitada e regravada, provando que seu impacto permanece vivo, transmitido de voz em voz, em cada ritmo que ecoa das ruas de Kingston às playlists globais.

Jimmy Cliff deixa um legado artístico incalculável e uma multidão de admiradores que agora celebram sua vida e obra. A Jamaica e o universo do reggae se despedem de uma de suas maiores referências, mas seus versos continuam dispostos a atravessar rios, como diz seu próprio clássico: “Many Rivers to Cross”.

Jimmy Cliff agora descansa em paz. A música, porém, nunca deixará de tocá-lo.

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