O sistema de transporte público de São Luís pode enfrentar uma nova paralisação nos próximos dias. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão (STTR-MA) notificou oficialmente as empresas do setor após o não pagamento do adiantamento salarial do mês de novembro, que deveria ter sido efetuado no dia 20. Segundo a entidade, nenhuma empresa realizou o depósito.
A situação se agrava devido ao atraso anterior, ocorrido em outubro, quando o pagamento também não foi efetuado dentro do prazo. De acordo com o sindicato, se as remunerações não forem regularizadas em até 72 horas, será decretada greve geral, afetando todo o serviço de ônibus na capital.
O impasse estaria diretamente ligado ao não repasse do subsídio municipal às empresas de transporte. O último pagamento feito pela Prefeitura de São Luís ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET) ocorreu em 10 de outubro de 2025 e era referente ao mês de setembro.
O repasse faz parte de um acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com a participação da gestão municipal. Entretanto, segundo o sindicato, a administração do prefeito Eduardo Braide vem descumprindo os prazos nos meses subsequentes.
Além do atraso no pagamento de novembro, em 30 de novembro vence o prazo para o depósito da primeira parcela do 13º salário dos rodoviários. Se não houver regularização até essa data, os trabalhadores podem acumular dois meses de pendências, agravando o risco de paralisação prolongada.
A possível greve deverá atingir motoristas, cobradores e demais funcionários, podendo comprometer a circulação de ônibus em toda a cidade e afetar diretamente a rotina de milhares de usuários do transporte coletivo.
Com a notificação enviada às empresas e consórcios e o ultimato de 72 horas, os rodoviários aguardam uma solução rápida. Caso contrário, São Luís poderá enfrentar novamente uma crise no transporte, marcada por atrasos, lotações, redução de frota e longas filas nos terminais.
A prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre a denúncia de descumprimento do acordo judicial nem sobre o possível atraso do subsídio. Enquanto isso, a cidade vive a expectativa de mais um capítulo de instabilidade em um dos serviços públicos mais essenciais à população.
Com informações Observatório da Blogosfera



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