O anúncio do novo curso de Bacharelado em Inteligência Artificial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) provocou indignação entre alunos e docentes das áreas artísticas da instituição. Embora a medida seja apresentada pela reitoria como um passo rumo à modernização e ao futuro da educação superior, representantes dos cursos de Artes Visuais, Design e outras áreas culturais denunciam a precariedade estrutural e o abandono que enfrentam há anos.
Segundo relatos, faltam materiais básicos, salas adequadas, professores suficientes e investimentos mínimos para garantir o funcionamento pleno dos cursos. A situação, considerada crítica por estudantes, contrasta com o entusiasmo institucional em torno da expansão de cursos voltados à tecnologia e inovação.
> “Como falar em futuro e inteligência artificial se o presente das artes é de abandono?”, questionam representantes estudantis. “A universidade precisa valorizar tanto a produção tecnológica quanto a cultural, que é parte essencial da identidade maranhense.”
O descontentamento não se limita à infraestrutura. Professores e alunos apontam a ausência de políticas de incentivo à criação artística e à pesquisa nas humanidades. “Os ateliês estão sem condições de uso, e os projetos de extensão, que deveriam aproximar a comunidade da universidade, foram paralisados por falta de apoio”, afirma um docente do curso de Artes Visuais.
O cenário reforça um sentimento de contradição dentro da UFMA: enquanto recursos e visibilidade se concentram nas áreas tecnológicas, as disciplinas voltadas à arte, cultura e design seguem à margem das prioridades institucionais.
As críticas também se estendem à própria lógica de expansão da Inteligência Artificial. Estudantes e professores alertam que, sem um debate ético e inclusivo, o avanço da IA pode precarizar ainda mais o trabalho artístico, substituindo processos criativos humanos por algoritmos automatizados, sem garantir direitos trabalhistas ou reconhecimento autoral.
> “O discurso de inovação não pode servir para mascarar a exclusão de profissionais criativos. A universidade precisa ser o espaço do diálogo entre tecnologia e humanidade — e não da substituição de um pelo outro”, afirmam representantes estudantis.
Diante do cenário, movimentos estudantis convocam a comunidade acadêmica para uma mobilização em defesa da valorização das artes e da educação pública de qualidade. As reivindicações incluem a contratação de novos professores, reforma de espaços físicos, reposição de materiais e maior transparência na distribuição orçamentária entre os cursos.
> “Não somos contra o avanço tecnológico”, afirmam os estudantes. “Mas exigimos que o futuro não seja construído sobre as ruínas da arte e da cultura.”
Curiosamente, a gestão da UFMA, representada pelo pró-reitor Marcos Moura e pelo reitor Fernando Carvalho, vem dando uma verdadeira aula de desgoverno, ineficiência e falta de planejamento e gestão financeira — com exceção, é claro, da distribuição de bolsas milionárias entre seus aliados. Enquanto isso, os demais segmentos e a estrutura da universidade padecem!
Em tempos: Na próxima semana, vamos detalhar como um servidor técnico tornou-se professor da universidade após uma verdadeira maratona do atual reitor, que chegou a ir na UEMA fazer um concursado desistir da vaga na UFMA para favorecer o seu " protegido".
Além disso, mais uma vez colocaremos à disposição da comunidade todos os trâmites referentes à chamada “superbolsa” de R$ 8 mil concedida à ex-assessora que viajou a Paris, acompanhada do marido, utilizando recursos da Fundação.
Já estamos de posse da liberação oficial da Reitoria. Agora, aguardemos a atuação do MPF!
Em tempos 2: Ainda é sombrio o cenário de supercentralização dos contratos de terceirizados no gabinete da Reitoria! Estamos averiguando denúncias de possíveis benefícios pessoais a deputados federais, práticas de nepotismo cruzado, envolvimento de membros da gestão e até mesmo a existência de comissões extracontatuais. Mas, por enquanto, são apenas “especulações”...
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