08 novembro 2025

Bomba: Presidente do SindGuarda de Ribamar pede pra não votar em “Chapa da Gestão”

A eleição do SindGuarda acontecerá no próximo domingo(09). O pleito definirá quem comandará a entidade pelos próximos quatro anos. 

Porém, um fato chamou à atenção, o atual presidente não concorrerá à reeleição, e fez melhor, sabiamente mostrou que uma chapa tem diversos diretores da atual gestão, só mudou as “funções, ou seja, continuará a mesma coisa.

"Essa chapa vai ser boa para continuar dirigindo o Sindicato? "

O sindicalista ainda deixou evidente que seu objetivo sempre foi coletivo, mas deixou nas entrelinhas um possivel acordo entre o restante da diretoria, que tem o atual comandante na vice-presidência da Instituição. 

Nosso portal também recebeu a informação que uma chapa é composta por diretores que abrem PAD contra quem é “oposição”, e “alivia” a barra de quem é gestão, mas isso é assunto para outra matéria. 

Agora é saber se os Guardas irão querer continuar inertes ou mudar a realidade.



05 novembro 2025

Bebedouros quebrados e água quente: o retrato da assistência estudantil falida na UFMA”

No coração do câmpus Bacanga, em São Luís do Maranhão, alunos da UFMA enfrentam, há mais de duas semanas, uma vergonhosa situação de descuido e desrespeito básico: os seis bebedouros instalados no restaurante universitário (RU) estão praticamente fora de serviço — um interditado, quatro completamente sem funcionar, e apenas um funcionando, mas com água quente e, portanto, imprópria para uso em pleno meio-dia sob o sol maranhense.

É sabido que São Luís está situada a aproximadamente 2.240 km ao norte da Linha do Equador — ou, em graus, algo como 2° N (dois graus ao norte da Linha do Equador) — local onde o calor já é intenso e, com o agravamento do aquecimento global, tende a piorar. Para estudantes que frequentam o RU no almoço e no jantar, enfrentar filas, correria, calor e, agora, escassez de água potável é um insulto às suas necessidades mais básicas.

Em um ambiente universitário que prega ensino, pesquisa e extensão, a reunião de milhares de usuários por refeição – se estima que mais de 5 000 pessoas por dia circulam entre a área de vivência e o RU – exige estrutura mínima de funcionamento. E a falha não está no “detalhe”, está no cerne da responsabilidade institucional.

Onde está a água?

– Seis bebedouros instalados no RU:

1 interditado;

4 sem funcionar;

1 funciona, mas entrega água quente (inadequada para o uso).

– Na área de vivência, outro bebedouro que não funciona há mais de um ano — enquanto esse espaço também abriga milhares de estudantes diariamente.

– Resultado: em pleno câmpus universitário, com recursos da União, estudantes ficam sem direito ao consumo de água digna nas refeições.

A culpa bate à porta da reitoria

Não se trata apenas de falha técnica ou descuido operacional: trata-se de falha de gestão superior. Quem assume as rédeas da UFMA e promete “inovação, ensino, pesquisa e extensão” também assume a obrigação de garantir o básico: água, segurança, estrutura mínima.

Fernando Carvalho, reitor da UFMA, fala em avanços, agenda de inovação na instituição, e expectativas de excelência. No entanto, o que se revela é um campus que, no mínimo, não é capaz de oferecer água potável em um restaurante universitário. A contradição entre discurso e realidade é escancarada – e elecarrega a responsabilidade maior.


Mais diretamente envolvido com a assistência estudantil está Danilo Lopes, pró-reitor da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAES). Ele se gaba frequentemente nas redes da universidade sobre “ações para os estudantes”, “iniciativas”, “acolhimento”. E então por que ficou mais de uma semana com bebedouros inoperantes enquanto os estudantes reclamavam? Por que só depois de uma denúncia estudantil — no segundo dia de jantar — é que uma técnica em nutrição abriu uma ordem de serviço de manutenção? A resposta é desconfortável: talvez porque só quando houve pressão visível se moveu o básico.

Vale lembrar que esta situação não é pontual. Em fevereiro de 2025, estudantes denunciaram presença de larvas em feijoada no RU da UFMA, além de pombos dentro do restaurante e bebedouros com água “lodosa” — situações de higiene e estrutura que se prolongavam no tempo. 

Naquela ocasião, a UFMA emitiu nota dizendo que “realiza manutenção periódica nos poços artesianos e reservatórios” e que havia instalado novos dosadores de cloro.  Agora, entretanto, vemos que mais de uma semana de bebedouros sem água potável surge como nova face dessa mesma falência — “problemas estruturais … problemas de muito tempo que nunca foram resolvidos”, segundo estudantes. 

Por que esses bebedouros não foram identificados antes? Por que não se tornou prioridade a manutenção desses equipamentos justamente porque impactam todos os estudantes no calor intenso do Maranhão? Porque enquanto houver subsídios, verbas federais, discursos bonitos e selfies nas redes, a verdadeira escuta dos estudantes parece ausente.

Os estudantes da UFMA não estão pedindo luxo. Estão pedindo direito à água em pleno restaurante universitário em São Luís, no Maranhão. Estão pedindo que a gestão da UFMA faça o que se espera de uma universidade pública: garantir as condições básicas de funcionamento antes de anunciar “inovações”. Que o pró-reitor de assistência estudantil mostre que é mais do que marketing nas redes. Que o reitor assuma que a universidade não se sustenta em slogans se falha no simples.

Portanto, fica claro o recado:

Danilo Lopes deve parar de se vangloriar nas redes e mostrar ação concreta, imediata, visível — a manutenção dos bebedouros, a verificação da qualidade da água, a garantia de funcionamento da estrutura.

Fernando Carvalho deve reconhecer que a gestão superior da UFMA está em crise se os estudantes não têm água durante a refeição, e que falar em “inovação” é inútil sem infraestrutura básica.

A comunidade acadêmica, o corpo discente, deve cobrar transparência: prazos para reparos, relatórios públicos, responsabilização administrativa.

E a UFMA deve tratar o RU e a área de vivência como política de assistência estudantil central, e não como detalhe ou despesa menor.

Quando um reitor fala em inovação, e um pró-reitor diariamente publica em redes sociais “nós estamos com os alunos”, mas os alunos não têm água para beber no almoço ou no jantar, algo está profundamente errado. A gestão está falida no essencial. A responsabilidade é administrativa e política. Não se pode mais tratar como “problema técnico” ou “falha momentânea”: é falência sistemática de uma universidade que se orgulha de seus rankings, de suas pesquisas, de sua missão social — mas falha ao garantir a dignidade dos estudantes.

No câmpus da Bacanga, no calor escaldante de São Luís, com a Linha do Equador como símbolo da própria razão de ser de sofrer com calor, a água deveria estar garantida — e não está. A culpa é da reitoria, é da pró-reitoria, é da estrutura que se fechou em discurso enquanto a realidade se escancarava. Aos estudantes, cabe lutar — e cabe cobrar — para que essa universidade realmente assuma que ‘assistência estudantil’ não é hashtag de rede social, mas serviço, prioridade, obrigação.

E então: onde está a água da UFMA?

Em tempos: A Universidade está cada vez mais caótica! O responsável pela compra dos bebedouros é, sem dúvida, o mais desqualificado e inexperiente de todos os pró-reitores: Marcos Moura. A aquisição dos bebedouros é feita pela PPGT, pela Pró-Reitoria — portanto, a responsabilidade recai diretamente sobre ele.

Ou seja, esse e vários outros casos de infraestrutura falida na UFMA estão sob a responsabilidade desse rapaz.

Em tempos 2: A situação dos bebedouros não é um caso isolado, mas parte de um quadro contínuo de descaso administrativo. O blog já está de posse de um relatório sobre como um técnico da Pró-Reitoria se tornou professor de forma repentina — algo, no mínimo, “escatológico”. O documento inclui o depoimento de um candidato da UEMA, mas isso já é assunto para outra matéria.


FAMUR retorna aos palcos e conquista pentacampeonato estadual após 9 anos afastada das competições

A Fanfarra Municipal Ribamarense (FAMUR) marcou seu retorno triunfal ao cenário das grandes competições culturais do Maranhão ao conquistar, no último dia 1º de novembro, o título de Pentacampeã Estadual no XXIII Campeonato de Fanfarras e Bandas do Maranhão, realizado em Imperatriz. A disputa, promovida pela Associação de Fanfarras e Bandas do Estado do Maranhão (AFABEMA), é considerada uma das mais tradicionais e prestigiadas do estado.

O feito da FAMUR na categoria Fanfarra de Pisto com Gatilho ganha ainda mais destaque por encerrar um hiato de nove anos longe das competições oficiais. Mesmo após quase uma década sem disputar o campeonato, o grupo ribamarense superou concorrentes de todo o estado e garantiu novamente o topo do pódio, alcançando o índice técnico necessário para confirmar o pentacampeonato.

O desempenho de excelência rendeu ao grupo uma nova oportunidade de representar o Maranhão em âmbito nacional: a FAMUR foi convocada pela AFABEMA para participar do Campeonato Brasileiro de Bandas e Fanfarras, que ocorrerá no Rio de Janeiro no fim de novembro. A classificação reafirma a força do projeto cultural desenvolvido em São José de Ribamar e consolida a retomada vitoriosa da fanfarra.

Tradição, disciplina e talento sob o comando do Maestro Lindemberg

Fundada em 2005, a FAMUR segue há 20 anos sob a regência do Maestro José Lindemberg Alexandre Fernandes, idealizador do projeto e referência no movimento de bandaismo maranhense. Sua liderança foi decisiva para manter viva a identidade, a organização e a qualidade técnica do grupo, que brilhou em todas as categorias em que disputou, alcançando o 1º lugar em:

  • Banda
  • Maestro
  • Mor
  • Pelotão Cívico

Com esta performance, a FAMUR reconquista o reconhecimento artístico, reafirmando o legado construído desde sua criação.

O sucesso da FAMUR também reflete o investimento da gestão municipal na valorização da cultura e da formação musical de jovens ribamarenses. O prefeito Dr. Julinho tem atuado como um dos principais apoiadores da fanfarra, garantindo estrutura e incentivo para que o projeto avance e alcance novos públicos.

A conquista estadual rendeu ainda uma Moção de Aplausos e Reconhecimento da Câmara Municipal de São José de Ribamar, proposta pelo vereador Beto das Vilas, que celebrou o grupo como “símbolo de civismo, arte e união”.

Com o pentacampeonato, a Fanfarra Municipal Ribamarense prova que o tempo fora dos palcos não diminuiu sua força nem seu impacto cultural. Pelo contrário: reforçou a identidade, o compromisso social e o orgulho de representar o município em palcos cada vez maiores.

A nova fase da FAMUR une história, disciplina, juventude e tradição – elevando novamente o nome de São José de Ribamar ao cenário estadual e, em breve, nacional.

A trajetória da fanfarra mostra que quando cultura, educação e investimento público caminham juntos, resultados grandiosos se tornam possíveis.

03 novembro 2025

Polícia Federal aponta salto milionário no faturamento da Nutrimax após contrato emergencial com a gestão Braide

A Polícia Federal (PF) investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que envolve a empresa Nutrimax LTDA, pertencente ao empresário Eduardo Soares Viana, conhecido como “D’Brinco”. Documentos oficiais revelam que a empresa teve um crescimento exponencial de faturamento após firmar contrato emergencial com a Prefeitura de São Luís, durante a gestão do prefeito Eduardo Braide.

O caso veio à tona a partir do Relatório de Diligência nº 2025.0105977, assinado pelo delegado federal Ellison Cocino Correia. Segundo o relatório, a Nutrimax — que antes registrava faturamento anual em torno de R$ 1 milhão — passou a movimentar quase R$ 40 milhões entre 2022 e 2024, coincidindo com a assinatura do contrato nº 178/2024 para fornecimento de alimentação hospitalar à rede municipal de saúde.

A investigação começou após a prisão de dois homens no dia 26 de setembro de 2025, flagrados pela PF saindo da agência do Banco do Brasil, no Parque Shalom, em São Luís, com R$ 250 mil em espécie. A quantia havia sido sacada da conta da empresa JNUNES ALIMENTOS LTDA, aberta pouco mais de um mês antes.

A PF identificou que a Nutrimax havia transferido R$ 335 mil para essa mesma empresa, considerada de fachada e usada para movimentações financeiras incompatíveis com a atividade declarada. Em apenas 15 dias, a JNUNES movimentou mais de R$ 3,2 milhões, grande parte proveniente de contratos públicos ou de empresas ligadas a fornecedores do setor.

Os dois suspeitos presos — Alisson Mateus Frazão Araújo e Renan Bernardo Araújo, conhecido como “Lorde” — seriam operadores do esquema, responsáveis por saques fracionados que somariam até R$ 2 milhões em quatro dias.

O relatório da PF destaca que o salto no faturamento da Nutrimax coincide com o pagamento de R$ 15,5 milhões do Fundo Municipal de Saúde de São Luís, relacionado ao contrato emergencial firmado em 2024, sem licitação, para prestação de serviços de nutrição hospitalar.

Entre outubro de 2024 e setembro de 2025, a empresa movimentou R$ 169,4 milhões, segundo análise bancária — valores considerados atípicos e comunicados pelo COAF.

Sinais de lavagem de dinheiro

Além do aumento incomum no volume financeiro, o relatório aponta indícios de lavagem de capitais, entre eles:

  • transferências para empresas recém-criadas com alto fluxo de saques em espécie;
  • operações incompatíveis com o porte econômico da Nutrimax;
  • fracionamento de saques para evitar detecção automática por bancos;
  • comunicação de movimentações suspeitas pelo COAF por três categorias de alerta distintas.

Até o fechamento desta matéria, nem a Nutrimax, nem o empresário Eduardo Viana, nem a Prefeitura de São Luís haviam emitido nota oficial sobre as investigações. O contrato firmado com a gestão Braide permanece sob análise da Polícia Federal, que pode solicitar novas quebras de sigilo fiscal e bancário.

O caso é considerado de alta relevância por envolver verbas da área da saúde e possível má utilização de recursos públicos no período pós-pandemia.

30 outubro 2025

Entre a elite e o esquecimento popular: André Fufuca divide opiniões em rankings nacionais

O ministro do Esporte, André Fufuca, voltou a figurar entre os nomes de destaque da política nacional, mas por razões que revelam um curioso contraste. Mesmo afastado do mandato de deputado federal, o maranhense foi incluído pela consultoria Arko Advice na lista “Elite Parlamentar 2025”, que reúne os parlamentares mais influentes do país.

A presença de Fufuca na relação chama atenção pelo fato de ele estar licenciado da Câmara dos Deputados desde que assumiu o comando do Ministério do Esporte. Ainda assim, foi citado como um dos políticos que manteriam relevância se continuassem no exercício do mandato. Para muitos, o reconhecimento representa prestígio entre os pares; para outros, reforça a ideia de uma “elite” política distante do eleitor comum.

Se no campo da influência parlamentar Fufuca ainda aparece bem colocado, o mesmo não pode ser dito de sua imagem perante a população. Um levantamento da CB Consultora Opinión Pública apontou o ministro como o menos popular e o pior avaliado entre todos os integrantes do governo Lula.

A pesquisa, que mede a percepção popular sobre os ministros, mostra que o desempenho de Fufuca na Esplanada está longe de empolgar. O resultado sugere que o reconhecimento institucional e a aceitação pública caminham em direções opostas no caso do político maranhense.

O contraste entre os dois rankings evidencia o abismo entre a política de bastidores e a avaliação popular. Enquanto a consultoria Arko Advice o coloca entre os “grandes articuladores” do Congresso, a opinião pública o vê como um ministro de poucos resultados práticos.

Desde que assumiu o Ministério do Esporte, Fufuca tem sido mais lembrado por nomeações e alianças políticas do que por ações concretas na área esportiva. A ausência de políticas robustas e a falta de visibilidade do ministério sob sua gestão têm alimentado críticas e desconfiança entre eleitores e analistas.

A nova posição de Fufuca na lista da Arko Advice pode até render manchetes positivas, mas a popularidade em queda deixa um alerta: influência política não se traduz, necessariamente, em aprovação popular.

Para o ministro, o desafio agora é transformar o prestígio institucional em resultados visíveis e tangíveis, capazes de reconquistar a confiança do público — especialmente no momento em que o governo federal busca reforçar sua imagem junto às bases sociais.

Enquanto isso, o título de “Elite Parlamentar” soa mais como ironia do que como mérito. Afinal, como destacam os críticos, de elite ele pode ser — mas de popular, nem tanto.