20 dezembro 2025

Felipe Camarão recebe apoio do PSOL e da Rede Sustentabilidade para a disputa estadual

Em duas reuniões realizadas na tarde desta sexta-feira (19), o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), recebeu dirigentes do PSOL e da Rede Sustentabilidade em encontros que consolidaram o apoio dessas legendas à sua pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026 e reforçaram compromissos com pautas nacionais, como a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a defesa da democracia. 

O primeiro encontro envolveu lideranças do PSOL local, que destacaram a importância da unidade das forças progressistas no Maranhão. A conversa, além de tratar da estratégia eleitoral, teve foco na organização de um ato público previsto para 8 de janeiro, cujo lema central será a defesa das instituições democráticas e a reafirmação do posicionamento “Golpe nunca mais”. 

Em declaração durante o evento, o presidente do PSOL em São Luís, Franklin Douglas, afirmou que o partido estará junto com Camarão tanto na mobilização social quanto na disputa eleitoral estadual. “Estaremos juntos no dia 8 de janeiro nas ruas, denunciando o golpe, e Felipe pode contar conosco na trajetória rumo a libertar o Maranhão das antigas oligarquias”, disse o dirigente. 

Na sequência, Camarão recebeu representantes estaduais da Rede Sustentabilidade — Selma, Sidney e Chicão — em um encontro que tratou dos desafios políticos e sociais do estado. A conversa abordou a necessidade de fortalecer uma frente ampla de esquerda que una forças em torno de propostas de justiça social, desenvolvimento sustentável e democracia. 

Segundo os participantes, a construção de alianças mais amplas é vista como fundamental para enfrentar a conjuntura política estadual e apoiar agendas que vão desde a educação e inclusão social até políticas ambientais, em sintonia com debates nacionais. 

O apoio do PSOL e da Rede a Camarão ocorre em um contexto de movimentações políticas mais amplas no país, com discussões sobre federações partidárias e alianças eleitorais rumo a 2026. Internamente, lideranças do PSOL têm demonstrado interesse em fortalecer a parceria com a Rede Sustentabilidade, em vez de se integrar diretamente ao PT, numa tentativa de preservar a autonomia programática da legenda. 

Para Camarão, que já tem atuação consolidada no estado por meio de sua trajetória como vice-governador e gestor na área da educação, o novo apoio reforça seu capital político para enfrentar a disputa estadual e ampliar a presença de uma frente progressista no Maranhão. 

Os próximos meses tendem a ser de intensa articulação política no estado, com eventos públicos e conversas estratégicas entre as principais lideranças da esquerda. O ato de 8 de janeiro surge como primeiro teste de mobilização conjunta após as recentes declarações de apoio, simbolizando a aposta no engajamento popular e defesa das instituições em meio ao calendário eleitoral que se aproxima. 

19 dezembro 2025

Câmara de São Luís deixa servidores sem 13º mesmo após receber R$ 15 milhões

Um clima de indignação tomou conta dos servidores da Câmara Municipal de São Luís nesta sexta-feira (19), data-limite para o pagamento do décimo terceiro salário. Apesar de contar com cerca de R$ 15 milhões em caixa, valor repassado recentemente pelo Executivo municipal, a Casa Legislativa não efetuou o pagamento aos trabalhadores.

De acordo com informações apuradas, parte expressiva dos assessores parlamentares e praticamente todos os profissionais contratados por Serviço Prestado (SP) ficaram sem receber o benefício. Até o fechamento desta matéria, o presidente da Câmara, Paulo Victor, não havia se manifestado oficialmente sobre os motivos da não liberação dos recursos.

A situação chama atenção pelo volume de verbas administradas pelo Legislativo municipal. A Câmara recebe mensalmente, a título de duodécimo, cerca de R$ 14,8 milhões, o que representa aproximadamente R$ 177 milhões por ano. Mesmo com essa disponibilidade orçamentária, o atraso no pagamento de uma obrigação constitucional levanta questionamentos sobre a gestão financeira da Casa.

Especialistas em direito público alertam que o não pagamento do décimo terceiro pode caracterizar ato de improbidade administrativa, além de abrir margem para outras infrações, como crime de responsabilidade ou peculato-desvio, a depender da apuração sobre o destino dos recursos.

Diante do impasse, servidores avaliam recorrer a órgãos de controle. Entre as medidas possíveis estão denúncias ao Ministério Público, que pode ajuizar ação civil pública para garantir o pagamento, além de representações junto ao Tribunal de Contas para fiscalização das contas da Câmara. Também não está descartado o ingresso de ações judiciais individuais ou coletivas para assegurar o recebimento dos valores, com juros e correção.

Enquanto isso, servidores aguardam uma posição oficial da presidência da Casa e cobram transparência sobre a aplicação dos recursos públicos, ressaltando que o atraso no 13º salário representa não apenas um problema administrativo, mas uma violação direta de direitos trabalhistas assegurados pela Constituição.

16 dezembro 2025

Empresa denuncia “armadilhas” em edital de kits escolares de R$ 24 milhões da Prefeitura de São Luís

Uma denúncia protocolada no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) levanta suspeitas sobre possíveis irregularidades no edital de licitação para a compra de kits escolares, orçado em aproximadamente R$ 24 milhões, lançado pela Prefeitura de São Luís.

De acordo com a representação apresentada por uma empresa interessada em participar do certame, o edital conteria exigências consideradas restritivas e direcionadas, descritas como verdadeiras “armadilhas” que acabam limitando a concorrência e afastando potenciais fornecedores. A denúncia aponta que determinadas especificações técnicas e critérios administrativos não seriam compatíveis com os princípios da isonomia, competitividade e economicidade que regem as licitações públicas.

Segundo a empresa denunciante, o formato do edital pode favorecer um grupo restrito de participantes, comprometendo a transparência do processo e elevando o risco de prejuízo aos cofres públicos. A representação pede ao TCE-MA a suspensão imediata da licitação, até que o conteúdo seja analisado e eventuais falhas corrigidas.

O argumento central é que, ao reduzir a concorrência, a Prefeitura deixa de garantir melhores preços e condições para a administração pública, o que impacta diretamente o uso de recursos que deveriam beneficiar estudantes da rede municipal de ensino.

Cabe agora ao TCE-MA analisar a denúncia e decidir se concede uma medida cautelar para interromper o processo licitatório. Caso sejam confirmadas irregularidades, o tribunal pode determinar ajustes no edital ou até a anulação do certame.

Até o momento, a Prefeitura de São Luís não se manifestou oficialmente sobre as acusações. O caso aumenta a pressão por maior transparência na gestão dos recursos da educação e reacende o debate sobre licitações de alto valor na capital maranhense.

O blog segue acompanhando o desdobramento do caso e aguarda posicionamento das autoridades municipais.

Com informações Blog do Joerdson Rodrigues

Vereador denuncia suposto esquema na educação de Caxias e alerta para não pagamento do rateio do Fundeb

Uma denúncia considerada grave foi levada à tribuna da Câmara Municipal de Caxias e reacendeu o debate sobre a aplicação dos recursos da educação no município. O vereador Daniel Barros afirmou que os profissionais da rede municipal não irão receber o rateio do FUNDEB, benefício garantido por lei e que tem sido pago em diversos municípios do país como forma de valorização dos educadores.

Segundo o parlamentar, a ausência do rateio estaria relacionada a supostos esquemas dentro da própria estrutura da educação municipal. Um dos exemplos citados por Daniel Barros envolve a chamada “escola comunitária Gentilzinho”, que, de acordo com a denúncia, funciona em um imóvel de aproximadamente 250 metros quadrados alugado pelo valor de R$ 10 mil mensais.

Ainda conforme o vereador, o aluguel do prédio teria como beneficiário o ex-prefeito Fábio Gentil, o que, para ele, levanta questionamentos sobre a real prioridade da gestão dos recursos públicos. “Enquanto valores elevados são pagos em aluguéis, professores, vigias, merendeiras, motoristas e coordenadores ficam sem o rateio e sem o reconhecimento que a lei assegura”, afirmou.

Durante o pronunciamento, Daniel Barros destacou que o Fundeb deve ser utilizado exclusivamente para fortalecer a educação e valorizar os profissionais que atuam diariamente nas escolas. “Dinheiro público não é herança de família. Educação não pode ser negócio de poucos, tem que ser direito de todos”, declarou.

O vereador afirmou ainda que continuará fiscalizando e denunciando possíveis irregularidades, cobrando transparência na aplicação dos recursos e respeito aos trabalhadores da educação. Até o momento, a Prefeitura de Caxias não se manifestou oficialmente sobre as acusações apresentadas na tribuna.

”Lideranças” estão se autodestruindo na política


Por Simplicio Araújo 

Hoje virou comum ver postagens anunciando “adesões” a políticos. Mas, na prática, muitas dessas adesões não são apoio de verdade: são negócios. E, quase sempre, negócios bancados com dinheiro público, direta ou indiretamente.

Essas “adesões” costumam ser celebradas com festa: salão alugado, churrasco, música, restaurante caro. Tudo para comemorar apoio a um candidato que, na maioria das vezes, é desconhecido do povo e não tem compromisso real com aquela “liderança” depois da campanha. Porque ali não é parceria. É serviço pago.

E desse dinheiro, a maior parte não vira melhoria para a comunidade. Vai para o bolso de quem se diz “líder”. Para o eleitor, sobra quase nada: um copo de cerveja, um pedaço de carne, uma selfie, um tapinha nas costas e a promessa de sempre.

A “liderança” ainda usa uma parte do dinheiro para convencer o povo de que o candidato é “bom” e, principalmente, para vender a ideia de que esse apoio vai ajudar o próprio “líder” a se eleger vereador ou prefeito no futuro. Muitas vezes isso é blefe. E é um blefe que acaba destruindo a credibilidade desse tipo de liderança.

Hoje, quem banca esse show é quem tem dinheiro — muito dinheiro. Mas não é só dinheiro: é mentira também. Porque eles sabem que muitas “lideranças” não têm renda, não têm trabalho político de verdade, e acabam vivendo desse comércio de votos: juntam gente, prometem apoio e vendem esse apoio para quem pagar mais.

Isso é ruim para as cidades, porque o voto deixa de ser escolha consciente e vira mercadoria. A comunidade “entrega” seus votos por intermediários e depois descobre que não tem ninguém para defendê-la de verdade, porque o eleito não deve lealdade ao povo: deve lealdade ao acordo.

Mas é ainda pior para as próprias “lideranças”. Elas não percebem, mas estão cavando a própria cova. A cada voto vendido, a política perde valor. A cada acordo feito por dinheiro, nasce menos compromisso. E, quando a política vira balcão de negócios, acontece uma “seleção natural” cruel: quem manda é quem compra — e quem se vende vai ficando menor, mais descartável, mais fraco.

No fim, é um ciclo que devora todo mundo: o comprador compra hoje e abandona amanhã; o vendedor vende hoje e perde respeito depois; e o povo, que deveria ser o dono do jogo, acaba ficando com as sobras.